Dez livros marcantes
Minha querida filha Thalia Duarte convidou-me a fazer parte de uma brincadeira que consiste em fazer uma lista com os 10 livros (ficção ou não-ficção) que tenham me marcado. A ideia não é gastar muito tempo, nem pensar muito. Não precisam ser grandes obras, apenas que tenham sido importantes pra mim. Depois, eu tenho que marcar 10 amigos que eu ache que vão gostar da brincadeira, pedindo-lhes que me incluam quando fizerem suas listas para que eu possa vê-las e conferir boas dicas.
Asterix e o Caldeirão (Goscinny e Uderzo). Foi o primeiro álbum de Asterix que eu li, aí pelos 7 anos, e eu fiquei fascinado ao descobrir que os quadrinhos poderiam ser usados para contar histórias mais ricas do que as histórias de poucas páginas que se encontravam nas revistinhas de então.
Sandman (Neil Gaiman). Para continuar nos quadrinhos. Já li muitas excelentes HQs, mas esta é uma obra-prima. Conhecê-la é uma necessidade para qualquer interessado em literatura de boa qualidade, seja em HQs ou não.
Vinte Mil Léguas Submarinas (Júlio Verne). Verne foi o escritor que me abriu as portas do mundo da Ficção Científica, um gênero que me traz fascinação infindável.
Fundação (Isaac Asimov). Da mesma maneira que Asterix me mostrou as potencialidades das HQs, Fundação me mostrou o alcance da FC.
Estranho numa Terra Estranha (Robert Heinlein). Mais uma FC marcante. Até então eu achava que FC eram histórias sobre a tecnologia do futuro. Com este livro eu descobri que a melhor FC abordava o homem frente ao futuro.
O Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien). Neste eu acompanho minha filha. Eu li uma referência a esta obra em 2010 (do Arthur Clarke) e meu primeiro contato com ela foi em 1983, pela edição da Artenova. Uma tradução horrível, como eu vim a descobrir depois quando li o original. Hoje calculo que seja o livro que já li mais vezes — seguramente mais de 20.
A World at Arms (Gerhard Weinberg). Naturalmente, nunca vai existir uma história definitiva da 2ª Guerra Mundial, mas esta para mim chega perto. Weinberg foi o autor que me mostrou especialmente a necessidade de avaliar as decisões dos agentes históricos em função das informações de que eles dispunham.
Nossa Herança Clássica (Will Durant). Eu gostava de História pelo menos desde a 8ª série, mas da mesma maneira que Heinlein deu-me a percepção da humanidade no futuro, Durant deu-me a dimensão humana do passado.
Le Morte d’Arthur (Malory). As lendas arturianas foram-me apresentadas na magnífica coleção Clássicos da Literatura Juvenil, publicada pela Abril Cultural entre 1972 e 1974. Tenho a impressão que o texto na coleção era uma tradução da versão de Bulfinch para a Matéria da Bretanha. Li muitas outras interpretações sobre os cavaleiros de Arthur, e estas histórias exercem sobre mim um fascínio permanente.
Os Três Mosqueteiros (Alexandre Dumas). Mais um livro da coleção aludida logo acima, e uma história que eu redescubro constantemente. Quando lida em seu conjunto completo (com Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelonne), a história dos mosqueteiros mostra não apenas uma das melhores histórias de aventuras de todos os tempos, mas ainda mostra como a amizade pode perdurar por grandes tribulações e como a honra deve guiar os nossos passos.
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