Cultura do estupro e relativismo
Os estupros sucedem pela vestimenta das mulheres, por seu comportamento ou por estar em lugares inapropriados . Sim, mulheres também podem ser machistas,como esta política demonstra.
Os defensores do relativismo cultural, segundo o qual toda manifestação cultural deve ser respeitada, e que frequentemente condenam o imperialismo cultural das grandes potências, usualmente se calam ante notícias como estas.
O desrespeito e o menosprezo à mulher têm raízes fortes em sociedades como a indiana e a paquistanesa (e muitas outras, claro). Quando o Império Britânico mandava nestas terras, estes homens teriam sido enforcados por seus crimes. Lembro que o Império conseguiu, a duras penas, erradicar a prática (também cultural) do suttee (sati), pela qual uma viúva devia ser queimada viva junto com o corpo do falecido marido. Nas palavras do General Sir Charles James Napier:
“Assim seja. Queimar as viúvas é seu costume; preparem a fogueira fúnebre. Mas minha nação também tem um costume. Quando homens queimam mulheres vivas nós os enforcamos, e confiscamos toda a sua propriedade. Portanto, meus carpinteiros também vão preparar patíbulos nos quais enforcaremos todos os envolvidos quando a viúva for imolada. Vamos todos agir conforme nossos costumes nacionais.”
Diga-se de passagem: o Império Britânico, assim como outros impérios seus contemporâneos, raramente procurava impor seus padrões culturais aos povos que dominava — principalmente por razões pragmáticas, evitando com isso resistência destes povos.
Mas (voltando ao ponto inicial) defender certas práticas de outros povos somente por serem manifestações culturais é ignorar o progresso da humanidade. Existe uma régua moral, e o relativismo cultural (que parece ser um herdeiro do mito do bom selvagem ) não deve ser um guia absoluto de comportamento.
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