O PT e a corrupção

23 de Mar de 2017

No dia 20 último, uma das correntes internas do PT publicou a terceira parte de um artigo com o tema  “Corrupção no Brasil”.

Desde ontem, a página não está mais no ar, e o site http://archive.org está sendo bloqueado para não mostrar o conteúdo arquivado da página. Felizmente o Google mantém em cache o texto original, e pode ser visto neste endereço:

https://goo.gl/9xApjj

Por que esconder a página e fazer uma força louca para fingir que nunca existiu? Cito o texto suprimido:

As eleições brasileiras historicamente foram feitas mediante contribuições não contabilizadas, vulgo caixa dois. […]
Enquanto as regras eleitorais não fossem modificadas  para todos -, seria quase impossível disputar em condição de obter uma vitória em qualquer nível da federação, seja no Executivo ou no Legislativo, não utilizando as regras do jogo que sempre foi jogado.
Então, o Partido dos Trabalhadores, provavelmente, se utilizou das mesmas regras que os demais usavam.
[…]
Sob essa lógica, vale resgatar uma das leis da guerra. O contendor que se dispõe a investir mais fortemente contra o seu adversário será quem determinará o ritmo do combate [1] . Em outras palavras, se o adversário se dispõe a utilizar armas ainda mais pesadas, cabe igualar as condições deste ou se retirar do conflito.
Na situação exposta acima, como o PT poderia disputar eleições sem recursos enquanto todos os partidos neoliberais o tinham de sobra e de várias fontes? Seria impossível disputar com chances de vitória sem os instrumentos necessários. É perfeitamente lógico que o Partido dos Trabalhadores, apresentando um projeto ao país, disputando um novo rumo para a nação, tenha buscado se financiar para tal.

(Incidentalmente, a referência [1] no texto remete ao primeiro artigo da série e ao livro Da Guerra, de Carl von Clausewitz).

Agradeço imensamente aos anônimos autores, integrantes da corrente Articulação de Minas/CNB, por deixarem bem claro como funciona o PT e como pensam os seus quadros – tanto os que sabem da corrupção e a aceitam como uma  arma de guerra necessária , quanto os que se comprazem com a corrupção, mas querem escondê-la.

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LC, o Quartelmestre

Também conhecido como Luiz Cláudio Silveira Duarte. Escritor, poeta, pesquisador, jogador, polímata, filômata... está bom para começar.