Segundo turno
Segundo turno chegando. Dedos na cara e impropérios se multiplicam, dos candidatos aos seus defensores. Choro e ranger de dentes. Mais uma eleição do fim do mundo – nem sei quantas já presenciei.
Pessoalmente, não considero qualquer dos dois candidatos dignos de presidirem nosso país. Por palavras e atos, recentes ou antigos, ambos dão mostras abundantes desta indignidade.
Não importa. Uma quantidade suficiente de meus concidadãos os escolheu. Lamento a escolha. Mas uma parte importante – essencial! – da democracia é aceitar as escolhas de outros, mesmo quando discordamos delas.
Não é uma escolha de Sofia , como alguns dizem; a personagem interpretada por Meryl Streep em 1982 amava os dois filhos, e eu tenho apenas desprezo pelos dois candidatos.
Não vou votar em branco e nem anular meu voto. Para o bem e para o mal, não entrego minhas decisões nas mãos de outros.
Vou usar a minha régua moral pessoal para escolher um dos dois candidatos. A minha régua moral provavelmente é diferente da sua. Não importa. Mais uma vez, é da natureza deste magnífico jogo.
O importante é lembrar que quem for eleito não será o presidente apenas dos que o elegerem, e sim de todo o país.
Por pior que seja, será o meu presidente assim como o seu.
Por melhor que seja, isso não vai me impedir de ficar atento e vigilante aos seus atos, fiscalizando e denunciando.
Qualquer que seja o eleito, que cuide de fazer a sua parte, porque eu e muitos outros vamos continuar a fazer a nossa.
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