Target Zero
Hoje eu estava fazendo uma pesquisa, coletando algumas referências sobre a evolução de jogos digitais. Lembrei de um jogo nada digital, mas que foi marcante para mim. Era um arcade, um “jogo de fliperama”.
Em 1970 ou 1971, eu estava no Rio de Janeiro, na casa de meus avós, durante um período muito difícil para nossa família. Lembro de várias ocasiões nas quais minha avó Judith tinha que sair, e me levava com ela. Às vezes ela ia ao cabeleireiro; para mim, longos momentos de frustração e tédio. Outras vezes, eram visitas a parentes e amigos; estas eram um pouco mais interessantes, porque frequentemente eu podia ficar vendo os livros que houvesse na casa.
Mas, quando ela saía para ir às compras na praça Saenz Peña, eu ia feliz, porque ela me compraria umas tantas fichas da máquina de fliperama para que eu jogasse.
Os fliperamas ficavam em uma lojinha apertada, logo depois do Cine América. Não lembro se experimentei muitos; mas lembro claramente de jogar um deles, muitas vezes. Chamava-se Target Zero. O nome ficou na minha mente, assim como as imagens: para uma criança com seis ou sete anos, eram verdadeira mágica. Mas, depois destas ocasiões preciosas, eu nunca mais vira este jogo, e de forma geral fliperamas nunca me despertaram interesse.
Hoje, durante a pesquisa de referências, lembrei do velho jogo e procurei informações sobre ele. Para minha alegria, encontrei um vídeo, feito por um colecionador / restaurador, no qual ele mostra o funcionamento do equipamento, e também joga um pouco. A qualidade do vídeo não é muito boa, mas fiquei absolutamente fascinado com a engenhosidade do mecanismo.