Matinal
Conto
Acordei tranquilo, passando quase sem perceber de um sono leve para um semidespertar. Poderia dizer que lembrei, mas não era lembrança: sentia como se tivesse passado a noite toda com a delÃcia de senti-la em meus braços.
Entreabri os olhos, mas vi que ainda estava tudo escuro e voltei a fechá-los, com preguiça. Sentia o calor na cama. Não me mexi, para não perturbar o sonho dela. Com os olhos da mente, fiquei vendo seus cabelos esparramados sobre o travesseiro, sua respiração leve movendo seus seios. Estaria de costas ou de lado? se eu me virasse, sentiria sua bunda gostosa de encontro ao meu pau, que já endurecia só em imaginá-la?
A preguiça ainda era grande, e eu não queria desfazer o encanto. Sabia que logo o sonho cederia lugar à realidade – sempre muito melhor que qualquer sonho, mesmo quando bem diferente. Afinal, nenhum sonho se compara à experiência de sentir a sua pele, o cheiro dos seus cabelos ensolarados, o toque dos seus dedos e dos seus lábios… e nem os meus olhos da mente conseguiam igualar a maravilha que era vê-la sorrindo.
Pensar nisso me decidiu. Abri os olhos de vez, e sentei no quarto escuro. Os primeiros passarinhos estavam cantando lá fora, enquanto eu arrumava a cama. Sorrindo, abri a janela para o dia que começava, e arrumei a cama.
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