Importantes elogios

Quais são os elogios que realmente valem a pena?

2 de Nov de 2023

Nos últimos dias, tive a imensa satisfação de ver alguns de meus trabalhos sendo elogiados, por pessoas bem diversas. Minha pesquisa, um conto, a edição de um periódico – todos suscitaram uma sucessão de elogios e cumprimentos, em três dias.

É sempre bom receber elogios, claro… mas, hoje cedo, ao pensar nisso, eu me dei conta que não, não é sempre bom.

Você pode apoiar meu trabalho, com uma assinatura gratuita ou paga

Subscribe now!

Are you a subscriber? Sign in!

Quando primeiro começamos a tomar consciência de nós mesmos, ainda bem jovens, ficamos maravilhados com os elogios dos adultos ao nosso redor – mães, pais, professores.

Um pouco mais adiante, no entanto, é comum que haja uma rejeição a elogios vindos de pessoas queridas. “Você só está dizendo isso porque é minha mãe”, por exemplo. Este tipo de rejeição pode mesmo se prolongar no tempo – “você só está dizendo isso porque me ama” –, e também pode se estender a quase qualquer elogio recebido, não importa de quem, não importa o motivo.

Então, nem sempre é bom receber elogios. Mas… nós mudamos ao longo do tempo. E esta rejeição também pode mudar.

No meu caso em especial, por muito tempo eu era tímido e envergonhado com minhas realizações. Foi Adelaide, minha segunda esposa, quem me ensinou uma lição essencial: se eu não falo bem do meu trabalho, ninguém mais vai falar. Acho que ainda estou aprendendo.

E parte disso é também apreciar os elogios – e, numa curiosa inversão, agora os elogios das pessoas queridas são, justamente, os mais preciosos. De certa forma, é um tipo de confiança: eu confio nestas pessoas queridas, confio que vão apontar problemas que vejam, sem com isso pretenderem depreciar ou desmerecer o que eu faço.

Uma confiança conquistada, aprendida… e muito, muito reconfortante.

Somente assinantes podem enviar comentários.

Assine agora!

Já tem uma assinatura? Entre!

LC, o Quartelmestre

Também conhecido como Luiz Cláudio Silveira Duarte. Escritor, poeta, pesquisador, jogador, polímata, filômata... está bom para começar.