Versejando

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Não é por prazer
Que faço meus versos

Há volúpia, não nego
Deleitam-me curvas
No corpo da bela
Quando beijo um peito
Ou em linhas febris 
Com frases de efeito 

Mas o que me move
Me faz versejar
É uma pulsão 
Ou necessidade 
Os versos me saem
Pra me adentrar
Escrevo, ritimo
Burilo, dou forma
A dores informes
Amores sem chão

Meu lado poeta
Sacode o outro
Se pensa asceta
Imune a dores
Reflete amores
Juntando os dois
Me faço profeta
Mas não do porvir 
E sim do que sou
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Versejando
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2025 Luiz Cláudio Silveira Duarte https://quartelmestre.com
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