Amores e rancores
Cotidiano e paixão não são incompatíveis.
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entre dores e amores
a vida passa, ligeira
lembramos dos ardores
que vivemos sem canseira
desejamos os calores
de uma época festeira
inventamos desamores
e criamos a sujeira
que floresce nos rancores
reforçamos a cegueira
invejamos os fulgores
de uma paixão primeira
não queremos os rigores
desta lida tão caseira
– basta!
quero flores, não humores
quero fogo, não coleira
esqueci os meus temores
não serei minha coveira
não dou nem peço favores
sou eu mesma, toda inteira
se me junto a pecadores
se me entrego à doideira
vou criando meus valores
pois eu sou uma guerreira
no lugar dos vencedores