Despedidas

Fugindo das águas do rio Lethe.

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Despedidas
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    às vezes eu digo
    adeuses sentidos
    enquanto eu rogo
    a deuses antigos
    um breve retorno

    mas há despedidas
    sem toques ou beijos
    mais tristes, sofridas
    silentes e frias

    que faço das brasas
    que antes ardiam?
    agora são cinzas
    que tintam os dedos
    que antes fremiam

    eu lembro sorrisos
    olhares tão vivos
    ou toques bem castos
    guardando segredo
    de ternos desejos

    que vai suceder
    a beijos sonhados
    mas nunca ousados?
    memórias de sonhos
    forjados na areia
    lavados no mar

    não é um adeus
    é só despedida
    não há qualquer deus
    que faça esquecer
    o que nunca foi


2024 Luiz Cláudio Silveira Duarte https://quartelmestre.com
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